Foto: Luis
Macedo/Câmara dos Deputados
A escolha da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) pelo novo
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para presidir a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, revoltou parlamentares
da oposição. Kicis é alvo de investigação no inquérito sobre fake news, que
apura ataques a membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (AC), afirmou que
a CCJ exige equilíbrio, qualidade impossível de encontrar em quem é da extrema
direita ideológica. “Não podemos ter na presidência da comissão mais importante
uma negacionista como Bia Kicis, quando o combate à pandemia será prioridade em
2021”, considerou.
Para ela, Constituição e Justiça não combinam com apologia a
torturadores, ataques ao Supremo e à democracia. “Bia Kicis depôs por mais de 2
horas, como testemunha, na investigação conduzida pelo ministro Alexandre
Moraes, do STF, que apura a participação de pessoas em atos antidemocráticos”,
disse.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz que não há compatibilidade. “É
inaceitável que uma parlamentar que prolifera fake news, que desrespeita e
debocha das normas de combate à Covid-19, que trabalha contra a democracia,
SENTE NA CADEIRA DE PRESIDENTE DA CCJ!!!!!!!!!”, escreveu no Twitter.
Feghali lembrou ainda fatos recentes envolvendo a parlamentar. “Não tem
arrego pra bolsonarista que ataca a democracia, ataca o STF, debocha da
máscara, incentivou aglomeração em Manaus que gerou crise do oxigênio.
Presidente da CCJ não!”, protestou.
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(PL)
Fonte: PCdoB na Câmara
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