ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

terça-feira, 27 de junho de 2017

Bahia terá semana agitada rumo à paralisação do dia 30 de junho

Trabalhadores de todos os cantos do Brasil vão paralisar as atividades na próxima sexta-feira, 30 de junho, para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária, a terceirização e as ameaças de retrocesso representada pelo governo do presidente Michel Temer.
Na Bahia a ideia é construir um movimento ainda maior que o de 28 de abril, quando paralisamos as principais cidades do estado.
Na última segunda-feira (26), a CTB Bahia participou de um encontro que reuniu as centrais e entidades da Frente Brasil Popular e os partidos de esquerdas. O objetivo foi agradecer aos senadores da Bahia que votaram contrário a reforma trabalhista:  a senadora Lidice da Mata e o senador Oto Alencar.; e construir uma agenda unitária de lutas.
Dentro desse calendário rumo à grande mobilização de sexta, as entidades promovem aPlenária da Classe Trabalhadora, no Sindicato dos Bancários da Bahia, nas Mercês; e na quarta-feira (28), uma coletiva de imprensa, no Sindicato dos Bancários, para detalhar a agenda e o movimento do dia 30.
De acordo com Pascoal Carneiro, presidente da CTB Bahia a expectativa para o movimento é muito boa. "Vamos fazer uma grande greve. Bancários, metalúrgicos, petroleiros, funcionários públicos das três esfera, comerciários têm assembleia hoje para aprovar a adesão à paralisação. Vamos fazer uma grande manifestação as 6 horas da manhã em frente ao Shopping Iguatemi e na Rodoviária; às 15h a concentração é no Campo Grande", convocou o sindicalista.
O calendário também inclui a realização de uma manifestação no dia 29 em frente ao Tribunal de Justiça para exigir que os assassinos de Paulo Colombiano e Catarina sejam punidos.
Confira a programação:
Terça-feira   -  27 de junho
Panfletagem                                  
11h –Centro (Piedade)
16h - Iguatemi
16h - Lapa        
18h - Plenária da Classe Trabalhadora, no Sindicato dos Bancários da Bahia, nas Mercês.

Quarta-feira   -  28 de junho
6h - Dia Estadual de Mobilização nas Bases (Panfletagem em todas as categorias)    
10h - Feira de São Joaquim            
12h - Comércio (TRT)                     
16h - Liberdade (Plano Inclinado)    
 

Quinta-feira   -  29 de junho
9h - Manifestação contra os 7 anos de impunidade dos assassinos de Paulo Colombiano e Catarina Galindo
Local: em frente ao Tribunal de Justiça – no CAB.
Sexta-feira   -  30 de junho

GREVE GERAL     
6h - Ato no Iguatemi
15h - Caminhada pelo Centro, com concentração no Campo Grande.

Portal CTB com CTB Bahia

"Defendo eleições diretas imediatamente", afirma Lula em entrevista

 
Foto: reprodução

"A sociedade precisa acreditar que o amanhã possa ser melhor. Defendo as diretas imediatamente", afirmou Lula , reforçando que "o ideal seria que o próprio Temer convocasse novas eleições, para que o Brasil pudesse conquistar a paz e a democracia que está precisando".

Lula enfatizou que Temer "não tem condições de governar" e, agora, "eles sabem que fora da democracia não é possível construirmos o Brasil que a gente sonha". Questionado se tinha se arrependido da aliança com o PMDB, Lula frisou que foi uma aliança importante para o momento político do país e que "não tinha bola de cristal pra saber que o Temer daria um golpe na Dilma".

Para o ex-presidente, o golpe provocou uma perda de prestígio internacional do país, que precisa ser recuperado. "O Brasil tinha virado protagonista internacional e tudo isso está acabando por mediocridade, por um golpe insensato. Aqueles que foram pra rua derrubar a Dilma dizendo que o Brasil ia melhorar agora estão com vergonha. Não colocam mais a camisa verde e a amarela porque sabem que fizeram bobagem", avaliou.

Lava Jato

O ex-presidente reiterou que foi um dos principais articuladores para o fortalecimento das instituições de fiscalização e combate à corrupção no país, mas criticou a operação Lava Jato. "Todo brasileiro em seu juízo perfeito é contra a corrupção. Mas todas as denúncias precisam ser provadas. A delação não pode ser avacalhada, é um instrumento sério. É preciso que ela seja materializada em provas", destacou. 

Na avaliação de Lula, a operação tem sido baseada na opinião pública e não nos autos do processo. "Na medida em que houve um pacto entre Polícia Federal, Ministério Público e imprensa, um ficou refém do outro".

Pesquisas

Lula comentou ainda o resultado da última pesquisa eleitoral, divulgada nesta segunda-feira (26) pelo instituto Datafolha. Na projeção, o ex-presidente lidera todas as simulações de primeiro turno, com 29% e 30%. "A impressão que eu tenho sobre a pesquisa é de que eles estão procurando um candidato para me enfrentar. Mas eleição e mineração a gente só conhece o resultado depois da apuração".

 


Do Portal Vermelho, com informações do site do Lula

BRASIL: Enquanto o povo quer diretas, Fiesp quer manter Temer e fazer reformas

Depois do financiar o impeachment, Fiesp tenta manter Temer e garantir reformas



Nesta segunda (26), Temer disse durante solenidade no Palácio do Planalto que nada nem “ninguém o destruirá”. Já o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, endossou o coro afirmando que o Brasil precisa de tranquilidade neste momento, pois para ele, “falta pouco para o governo acabar”.

Ao que tudo indica, essa é a tese que Temer está vendendo aos seus aliados para permanecer no governo. Segundo Occhi, “o Brasil precisa de um pouco de tranquilidade”.

“Tranquilidade da população, do Judiciário, do Ministério Público, de todo mundo”, completou ele. A estratégia dos aliados do governo é dizer que Temer é a única alternativa e, portanto, mesmo sem moral e sem o apoio popular para permanecer no governo, não há outra saída.

Essa é a tese comprada pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, que disse que o empresariado prefere continuar com Michel Temer no Palácio do Planalto, mesmo após as acusações de corrupção levantadas pela delação de Joesley Batista, da JBS.

“O processo de escolha de um novo governo demoraria meses, até o final deste ano, para depois no ano que vem já termos campanha para as eleições”, disse Andrade. A entidade foi uma das responsáveis pela campanha em defesa do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Ele disse ainda que os empresários não querem mais “turbulência” e que “é melhor seguir e fazer a transição no país”. Apesar dos 14 milhões e desempregados e do desaquecimento da indústria, Andrade diz que a economia se descolou da crise política.

Enquanto tenta desarmar a campanha pelo Fora Temer e Diretas Já, os empresários – principais fiadores do golpe contra a democracia – tentam armar uma forma de emplacar a reforma política que atende aos seus interesses.

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), dirigida por Paulo Skaf (PMDB-SP), realizou seminário com a presença dos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador e relator da reforma política no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), além de especialistas para discutir a reforma política.

Às vésperas do impeachment, a Fiesp lançou a campanha “Não vou pagar o pato”, espalhando pato inflável pelo país sob o falso pretexto de campanha contra o aumento de impostos que serviu apenas para insuflar a campanha de ódio contra Dilma e financiar o golpe.

Efetivado o impeachment, Temer seguiu a cartilha dos setores empresariais mais conservadores e impôs uma agenda de retrocessos com congelamento dos investimentos públicos, entrega do patrimônio nacional – principalmente da Petrobras – e o envio das reformas trabalhista e previdenciária, que retiram direitos dos trabalhadores.

Agora, a Fiesp, que defende o financiamento empresarial de campanhas eleitorais – principal causa da crise no sistema eleitoral que deu origem à Operação Lava Jato –, quer demonstrar o seu descontentamento com o ambiente político e puxa o coro, não pelas eleições diretas para o povo decidir, mas da “Reforma Política Já”.

Os patrões reclamam por mudanças no tamanho e no financiamento de campanhas eleitorais, do custo de manutenção do Congresso e mudanças de processo de eleição, como a cláusula de barreira, o voto obrigatório e as coligações.

“Ninguém mais duvida que o sistema político brasileiro precise mudar profundamente. Esse sistema está na raiz das crises a que temos assistido, indignados, e que têm paralisado o país, atrapalhado a retomada do crescimento e a volta dos empregos”, diz a nota do grupo presidido por Paulo Skaf.


Do Portal Vermelho, Dayane Santos com informações de agências