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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Câmara analisa PEC que extingue o teto dos gastos

  


Para o autor da PEC 370, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), essas medidas “visam agradar o capital especulativo com a desculpa de promover um melhor controle de gastos”. Esse argumento, segundo o parlamentar, não corresponde à verdade, já que qualquer diminuição da receita causa desequilíbrios. 

“Prova é que neste ano de 2017 o rombo fiscal só aumenta, e o teto dos gastos não tem promovido melhora nenhuma na economia.”

A proposta será analisada, inicialmente, quanto a sua admissibilidade pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Fonte: Agência Câmara

ECONOMIA: Produção do pré-sal, que Temer entrega a gringos, já é 50% do total

 


Os dados foram divulgados nesta quarta (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção se deu a partir de 82 poços, atingindo 1,351 milhão de barris de petróleo e 52 milhões de metros cúbicos diários de gás natural por dia.

Em setembro, foram produzidos no total aproximadamente 3,270 milhões de barris de petróleo e gás natural por dia. A produção de petróleo atingiu 2,653 milhões de barris por dia (bbl/d), volume 3% superior à produção de agosto, mas 0,7% inferior a de setembro do ano passado.

Já a produção de gás natural totalizou 114 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), um aumento de 1,9% em relação ao mês anterior e de 3,2% em relação a setembro de 2016.

Os dados divulgados pela ANP indicam uma retração no aproveitamento do gás natural produzido nos campos nacionais, que em setembro alcançou 97% do volume total da produção. Com isso, a queima de gás totalizou 3,4 milhões de m3/d, uma redução de 0,4% se comparada ao mês anterior e de 5,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Campos produtores

O campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, continua sendo o de maior produção de petróleo e gás natural do país. Em setembro, foram em média, 799 mil barris diários de petróleo e 33,2 milhões de milhões de metros cúbicos de gás natural.

Os campos marítimos responderam, em setembro, por 95,3% de todo o petróleo produzidos nos campos nacionais e por 79,3% do gás natural. A produção total se deu a partir de 8.115 poços, sendo 725 marítimos e 7.390 terrestres.

Sozinha, a Petrobras respondeu por 93,8% de todo o petróleo equivalente produzido nos campos nacionais, com destaque para o campo de Marlim Sul, na Bacia de Santos, com seus 92 poços produtores; enquanto em terra o destaque ficou com o campo de Estreito, na Bacia Potiguar, com seus 1.091 poços.

Individualmente, o destaque ficou com a FPSO Cidade de Itaguaí (plataforma flutuante de produção, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural) que, por meio dos 6 poços a ela interligados, produziu 188,4 mil barris de óleo equivalente por dia. 


 Fonte: Agência Brasil

Líderes metalúrgicos desmentem governo:Não há recuperação na indústria nacional

 
 Foto de RODRIGO CZEKALSKI/DAF CAMINHÕES/ Fotos Públicas



A cautela de Aurino Pedreira e Marcelo Toledo, respectivamente vice-presidente e diretor de Formação da Fitmetal, vai ao encontro da afirmação do gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo. Segundo o pesquisador, apesar dos números positivos, “o patamar de produção está 17,4% abaixo do pico histórico alcançado em junho de 2013”.

De acordo com o IBGE, a produção industrial acumulada em 12 meses ficou positiva, registrando alta de apenas 0,4%. É a primeira vez desde maio de 2014, quando havia crescido 0,3%. Segundo o órgão, “o setor de veículos automotores aparece como um componente positivo para o resultado da indústria”.

“É precipitado definir os índices como recuperação da indústria. Gostaria que fosse verdade mas o que tenho percebido é um pessimismo em empresários de outros segmentos com perspectivas de médio e longo prazo para a indústria. Parece mais uma cortina de fumaça”, afirmou Aurino sobre o discurso do governo federal sobre a “recuperação”. Michel Temer afirmou no início de outubro ver sinais de retomada consistente da economia com a participação da indústria.

Emprego industrial

Aurino (foto) lembrou que a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) retroagiu ao período anterior a 1947, resultado de um intenso processo de desindustrialização e desnacionalização. “O emprego industrial tem se reduzido cada vez mais e se nós analisarmos o crescimento econômico do país, o resultado positivo tem como referência uma perda originada por dois anos consecutivos muito ruins”, alertou Aurino.

Marcelo Toledo afirmou que o nível de crescimento divulgado é muito inferior quando se compara com a perda de postos de trabalho. Segundo o dirigente, os metalúrgicos têm sido a categoria mais penalizada pelo desemprego. Foram 530 mil vagas extintas desde 2013, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

“Significa que o caminho da economia brasileira está certo? Achamos que não. Não tem dado reflexo na reestruturação do parque industrial. Não tem significado avanço na industrialização contra a desindustrialização”, afirmou Marcelo. Ele complementou que o crescimento apontado pela pesquisa não diminuiu o desemprego entre a categoria. “Quando tem contratação é por salários mais baixos e nos postos com remuneração menor.”

Segundo Marcelo, o trabalhador demitido há um ano enfrenta dificuldades para conseguir recolocação e a dificuldade é maior se tentar garantir as mesmas condições salariais de antes da demissão. “Muitos que estão entrando no mercado de trabalho é com salário abaixo do que ganhavam.” 

Golpe na indústria nacional

Para o sindicalista (foto), um sinal de recuperação da indústria seria a retomada dos milhares de empregos perdidos. “Mas não é o que acontece com esse governo que faz um processo de entrega do pré-sal e quebra a lógica do conteúdo local, que mantinha empregos na indústria nacional. Isso demonstra claramente que esse governo não tem uma política de desenvolvimento do setor industrial nacional.”

Como recuperar a indústria nacional para gerar emprego e renda e retomar o crescimento no país? O ciclo de debates “Industria e Desenvolvimento” realizado pela Fitmetal em vários estados do Brasil nasceu para apontar propostas sobre o tema. São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Aracaju e Manaus foram algumas das cidades que receberam a iniciativa, que pretende realizar dez debates reunindo sindicalistas, economistas, empresários e poder público.

Ciclo de debates 

Aurino participou do debate realizado em Salvador. “Tivemos uma atividade muito rica em que se apontou erros ao longo do tempo na falta de uma política industrial. Nas últimas décadas tivemos bolhas de programas para a indústria mas longe de ter uma política industrial”, disse.

Ele contou que entre os participantes do debate, com alguma variação nas posições, há um senso comum que aponta para a necessidade de um Estado nacional como indutor para o desenvolvimento. Ele citou como ponto em comum entre os debatedores, a posição de que o papel do Banco Central deve ser conduzido pela orientação de governos e não atuando como instituição financeira autônoma. 

“A questão da política macroeconômica inviabiliza o desenvolvimento nacional com seus juros altos, o câmbio em prejuízo da indústria nacional e as medidas de ajuste fiscal”, complementou Aurino. O dirigente ainda lembrou que preocupa o movimento sindical pauta em debate no Congresso Nacional que pode inviabilizar a permanência de empresas no norte e nordeste do país.

O Ciclo de Debates “Indústria e Desenvolvimento”, organizado pela Fitmetal, também acontecerá nas cidades de Belo Horizonte (MG), no dia 6 de novembro; Chapecó (SC), no dia 7 de novembro; Caxias do Sul (RS), no dia 13 de novembro; No Recife (PE), no dia 27 de novembro e em São Luís (MA) no dia 7 de dezembro.

Para saber mais sobre o Ciclo de Debates clique AQUI para acessar o portal da Fitmetal.




Do Portal Vermelho