Hoje, há empate técnico entre Lula e Bolsonaro em seis estados . Já
o atual presidente lidera em seis unidades federativas.
Na maioria dos estados brasileiros, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa à sucessão de
Jair Bolsonaro (PL) no Planalto. O “mapa dos votos”, divulgado neste sábado (3)
pelo O Globo, mostra que, na comparação do desempenho dos
principais candidatos em 26 unidades federativas do País, Lula se sai melhor na
maioria. Apenas o Pará não está na contabilidade.
O jornal carioca
cruzou dados das três últimas pesquisas Ipec contratadas pela TV Globo.
Conforme o levantamento, o petista está à frente em 14 estados, incluindo os
nove do Nordeste, em especial o Piauí (onde ele tem 69% das intenções de voto)
e o Maranhão (66%). Lula também sobressai em São Paulo, Minas Gerais, Amazonas,
Rio Grande do Sul e Tocantins.
Hoje, há empate
técnico entre Lula e Bolsonaro em seis estados – com destaque para o Rio de
Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do Brasil. Já o atual presidente
lidera no Distrito Federal, em Santa Catarina, no Mato Grosso e em três
unidades federativas da região Norte – Acre, Rondônia e Roraima.
A terceira via, até
aqui, só alcança algum destaque nos estados de seus candidatos. O ex-ministro
Ciro Gomes (PDT) tem 14% no Ceará, onde empata com Bolsonaro dentro da margem
de erro. Já Simone Tebet (MDB) obtém sua melhor pontuação (8%) no Mato Grosso
do Sul, estado do qual é senadora.
Para Mayra Goulart,
professora de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGCS), a elevada rejeição
ao governo Jair Bolsonaro ajuda a explicar as pesquisas nos estados. O caso
mais inusitado é o de São Paulo, onde Lula foi o mais votado apenas em 2002.
“Na eleição
presidencial, o PT não fica à frente em São Paulo há muitos anos, porque lá o
antipetismo é muito forte. Em estados onde se tem uma concentração relevante de
camadas com renda alta e média, o desgaste de Bolsonaro com lideranças da
direita acaba fazendo diferença”, afirma Mayra. “Há ainda um desembarque do
lavajatismo da base de apoio de Bolsonaro após a pandemia.”
Fonte: https://vermelho.org.br
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