O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva declarou, nesta quinta-feira (30), em Brasília, que o
governo federal está à disposição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
para somar esforços pela candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo feminina
de futebol, em 2027.
A declaração foi
dada durante evento no Palácio da Alvorada, para apresentação da taça da Copa
do Mundo 2023, a ser realizada na Austrália e na Nova Zelândia. O troféu está
percorrendo os 32 países que vão disputar o torneio, entre 20 de julho e 20 de
agosto. A seleção feminina do Brasil busca um título inédito.
“O governo, através
da Presidência, através do Ministério do Esporte e através do Itamaraty, estará
à disposição da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para fazer o
necessário para que a gente consiga trazer, em 2027, a Copa do Mundo Feminina
para o Brasil”, afirmou Lula.
“Será um evento motivador
da construção de uma consciência política junto ao povo brasileiro, para que
entenda a participação da mulher efetivamente em todos os cantos que ela puder
participar, onde quiser, do jeito que quiser”, acrescentou.
Lula também
destacou as condições de infraestrutura que o país dispõe atualmente, melhores
do que as de 2014, quando o país sediou a Copa do Mundo masculina. “Agora, você
tem quase tudo pronto. Tem uma obra de infraestrutura urbana melhor do que a
gente tinha em 2014. Tem estádios muito bons”.
Estratégia Nacional
Durante o evento,
Lula também assinou o decreto que cria a Estratégia Nacional para o
desenvolvimento do futebol feminino no país. O programa, sob responsabilidade
do Ministério do Esporte, prevê medidas de promoção do desenvolvimento do
futebol profissional e amador no país, ampliação dos investimentos e formação
técnica para meninas e mulheres no mercado da bola.
“A estratégia é uma
iniciativa transversal, que aborda princípios da agenda social deste governo: a
equidade de gênero, o combate ao racismo e a redução das desigualdades. Essa
abrangente agenda encontra no esporte, e em particular neste Ministério do
Esporte, uma ferramenta importante. No caso do futebol feminino, a gente conta
sempre com a parceria da CBF e das federações estaduais”, afirmou a ministra do
Esporte, Ana Moser.
Entre as ações, o
programa pretende fomentar a participação das mulheres em posições de gestão,
na arbitragem e na direção técnica de equipes, além da instalação de centros de
treinamento específico para as mulheres, com metodologias próprias e diretrizes
pedagógicas adaptadas às necessidades femininas. O decreto determina que, em
120 dias, seja elaborado um diagnóstico da situação atual do futebol feminino
no país e um plano de ações até 2025 para a implantação da estratégia.
“O futebol feminino
em si traz um histórico de muitas dificuldades, de preconceitos,
invisibilidade, que impõe barreiras que persistem em afastar as mulheres da
prática do esporte, seja por lazer e mesmo em âmbito profissional”, observou a
ministra.
A Estratégia
Nacional inclui ainda, segundo ela explicou, a “promoção de uma cultura
competitiva sadia, evolução da consciência, autoestima e integração social” das
mulheres. Também pretende desenvolver mecanismos efetivos de “desmobilização de
comportamentos intolerantes e violentos contra meninas e mulheres nos estádios
de futebol ou fora deles”.
“A CBF está muito
feliz com projetos que possam estar cada vez mais inserindo a mulher no
esporte, principalmente no futebol, e sempre vai ser parceira, procurando se
alinhar para aquilo que possa fortalecer o futebol feminino, não só para as
atletas, mas para toda cadeia do futebol feminino”, afirmou o presidente da
CBF, Ednaldo Rodrigues.
Edição: Kleber
Sampaio
Portal VERMELHO
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