
O Partido Comunista do Brasil
compreende a luta LGBT+ como um movimento de resistência essencial para o
processo de transformação da sociedade. O orgulho de ser LGBT+ é maior do que o
ódio de classes.
Por Victor Pinto*
Dia 28 de Junho é o dia internacional do Orgulho LGBT+. Essa data
emblemática é um lembrete da memória e da luta histórica de mulheres, homens e
pessoas não binárias, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis,
intersex e muitas outras identidades do mundo inteiro.
Essa data específica marca a rebelião ocorrida em Stonewall Inn, um bar
de Nova York, frequentado por LGBT+ marginalizados e que sofriam constantes
abusos pela polícia local. No dia 28 de junho de 1969 uma invasão da polícia
nesse bar culminou em uma noite de confronto que durou por semanas e, apesar de
não ser o início do movimento LGBT+, entrou para a história como um marco na
luta por direitos civis e libertação.
Ao longo dos anos, o movimento LGBT+ tem crescido no mundo e agregado
cada vez mais pessoas de diversas identidades, expressões de gênero e
afetividades, tornando-se um dos maiores movimentos por direitos humanos,
igualdade e liberdade de amar. Contudo, apesar dos avanços, o Brasil ainda
carrega a triste realidade de ser um dos países mais violentos para a população
LGBT+, e como todo movimento revolucionário, as questões de gênero e
sexualidade enfrentam resistência do conservadorismo.
A ascensão do Bolsonarismo, galgado no discurso da “moral e dos bons
costumes” e da “família tradicional” evidencia o predomínio da ideologia
burguesa, que coloca o homem hétero cisgênero como modelo universal e abomina a
diversidade da classe trabalhadora. Nesse cenário atual, onde o discurso
conservador está alinhado ao neoliberalismo, torna-se ainda mais urgente, que o
socialismo também seja um movimento emancipatório que rompa com o modelo de
homem universal e que reconheça a classe trabalhadora em toda sua diversidade e
pluralidade.
É por isso que nós, da União Nacional LGBT, combatemos todos os tipos de
opressão de forma interseccional e entendemos que o movimento LGBT+ deve,
sobretudo, estar alinhado com os movimentos feministas e antirracistas no
enfrentamento da superexploração capitalista. O Partido Comunista do Brasil
compreende a luta LGBT+ como um movimento de resistência essencial para o
processo de transformação da sociedade. O orgulho de ser LGBT+ é maior do que o
ódio de classes.
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião
do Portal PCdoB
*Presidente Estadual da UNALGBT de Minas Gerais.
Fonte: https://pcdob.org.br
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