Em todos os cantos do Brasil, as educadoras e os educadores
do ensino básico, cruzam os braços desta terça-feira (15) até a quinta
(17). Liderada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação,
a greve visa fortalecer a luta pela educação pública.
“Estamos paralisando as atividades nestes três dias em defesa da
valorização profissional e por educação pública de qualidade”, afirma
Marilene Betros, dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil (CTB).
As educadoras e os educadores reivindicam o cumprimento da Lei
Nacional do Piso do Magistério. “A CTB orienta seus afiliados a
implementarem uma luta para que as prefeituras e governos estaduais
paguem o Piso”, diz a também dirigente da APLB-Sindicato e da CTB da
Bahia.
O combate à terceirização faz parte da campanha. “Porque prejudica
tanto os profissionais, quanto a qualidade do ensino”, avalia. Isso
significa combater a entrega das escolas às Organizações Sociais, como
pretendem alguns governadores.
Alpem disso, cruzam os braços contra o parcelamento dos salários.
Para a sindicalista, é um “completo absurdo não pagar os salários, que
já são baixos, integralmente”. De acordo com ela, esse parcelamento está
quase virando “habitual” em muitos lugares.
As outras bandeiras coincidem com as lutas recentes de estudantes
secundaristas em diversas unidades da federação. “Estamos contra a
militarização das escolas, porque isso não contribui em nada para um
melhor desenvolvimento da juventude, pelo contrário, pretendem tirar
toda a rebeldia, marca importante de uma juventude sadia”.
Finalmente, as educadoras e os educadores de todo o país param as
atividades contra os projetos de “reorganização escolar”, que nada mais
significam do que “cortar verbas da educação e piorar a qualidade com
superlotação de salas”.
Para Marilene, é fundamental defender a implementação de um plano de
carreira que se adeque ao Plano Nacional de Educação. “Juntamente com os
estudantes, os pais de alunos e toda a comunidade escolar, podemos
transformar a educação em prioridade nacional para valer. E assim
construir uma verdadeira pátria educadora”, conclui.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB
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