Ex-gerente da Petrobras afirma em delação
premiada que presidente da Câmara dos Deputados era “quem dava a palavra final”
em relação às indicações na Diretoria Internacional da empresa.
Por Redação
De acordo com o depoimento de outro réu e novo delator da
Operação Lava-Jato, o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Vaz
da Costa Musa, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
era quem “dava a palavra final” sobre as indicações para a Diretoria
Internacional da companhia.
“João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu
emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobrás com o apoio
do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal
Eduardo Cunha, do PMDB-RJ”, diz trecho do depoimento de Musa.
João
Augusto Henriques, mencionado pelo ex-gerente, é considerado lobista do PMDB e
foi preso na 19ª fase da Lava-Jato, na
última segunda-feira (21). A assessoria de Eduardo Cunha negou que o
parlamentar conheça Musa e disse que sua defesa será feita por seus advogados.
O
presidente da Câmara já havia sido citado em depoimento feito por outro delator
da Operação Lava-Jato. Em julho, o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo
disse ter sido pressionado a pagar uma propina de US$ 10 milhões para que um
contrato de navios-sonda fosse viabilizado. Cunha teria pedido US$ 5
milhões.
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