Foto: Ricardo Stuckert
O candidato à Presidência da
República, Luis Inácio Lula da Silva e seu candidato a vice Geraldo Alckmin
participaram de uma reunião da coordenação de campanha, em São Paulo, que
avaliou o andamento da campanha, a situação nos estados, a comunicação,
analisou as pesquisas de intenção de voto, apresentou peças de propaganda e
discutiu a mobilização.
Esta talvez tenha sido a última
reunião ampliada da coordenação de campanha, antes da eleição de primeiro
turno, em 2 de outubro. “A nossa luta é para criar as condições para uma grande
vitória, retomando a esperança do povo, porque Lula é quem tem mais autoridade
nesse país, foi quem mais fez pelos que mais precisam”, disse a presidenta
nacional do PCdoB, Luciana Santos, após a reunião.
Luciana ainda comentou que o balanço
da campanha mostrou que os pontos altos foram os programas de TV e a sabatina
do Jornal Nacional. Ela também relatou que há um foco territorial para observar
onde a campanha é mais forte e potencializar, e onde é mais fraca,
superar.
Para isso, um dos enfrentamentos da
campanha é avançar no debate com o segmento evangélico, conforme observou a
dirigente partidária. “Afinal, Lula foi o homem da Marcha para Jesus, foi quem
sancionou a lei da liberdade religiosa, Lula criou o Dia Nacional do
Evangélico. Diferentemente do que nos acusam em fake news, de sermos contra a
religião, nós demonstramos na prática que fomos quem mais respeitou a fé do
povo. Só não usamos o nome de Jesus e Deus em vão. Esta é a nossa diferença”,
declarou ao Portal Vermelho.
A campanha na rua
O próprio Lula admitiu publicamente a
falta de campanha nas ruas. Luciana atribui a um problema estrutural de
escassez de material. Onde o ex-presidente vai, causa muito entusiasmo, mas ela
considera que, “com ele ou sem ele”, é preciso colocar a campanha nas rua.
“Precisamos ser criativos com a falta de material, como essas pessoas que
passaram a vender a toalha e fez o maior sucesso. Vamos nos virar nos trinta,
como sempre fizemos, e fazer uma militância aguerrida independente de
estrutura”, disse.
O vice-presidente do PCdoB, Walter
Sorrentino, afirmou que os ataques baixos do programa de Bolsonaro não serão
respondidos no mesmo terreno. Ele entende que os programas de TV estão muito
bonitos, comparam o Brasil de Bolsonaro contra o Brasil de Lula, como dois
campos opostos. “O legado é sempre um fiador do que Lula vai fazer de melhor”,
afirmou o dirigente.
Para ele, a nova etapa na TV vai sair
do plano simbólico para “destrinchar” o que Lula quer fazer pelos brasileiros.
“Vai acentuar o conceito da campanha que é governar para melhorar a vida
concreta das pessoas”, declarou Sorrentino. Ele ainda mencionou a importância
do programa de TV em homenagem ao Bicentenário da Independência. “Agora é
garantir mais material de campanha, mesmo que mais simples, dar mais argumento
para a tropa, e fazer com que as campanhas estaduais tornem a mobilização na
rua mais permanente”, defendeu.
Veja o vídeo em homenagem ao
Bicentenário da Independência do Brasil:
Ofensiva da máquina
A rodada com os dez partidos,
movimentos sociais e sindicais demonstrou uma grande identidade e unidade, com
a avaliação positiva da estabilidade da candidatura nas pesquisas de intenção
de voto, apesar de todas as investidas do adversário contra.
Foi mencionado por Lula o abuso da
máquina pública e do poder econômico sem precedentes do Governo Federal a favor
da candidatura à reeleição. Foram mencionados os casos de políticos cassados
por oferecer benesses em período eleitoral, enquanto Bolsonaro lança uma
ofensiva de oferta de benefícios sociais, descontos nos combustíveis por
redução do ICMS dos estados, dinheiro de orçamento secreto que arrasta toda uma
base de apoio no Congresso. Além disso tudo, há a desinformação, distorção de
fatos e fake news, que são combatidas judicialmente.
Fonte: https://pcdob.org.br
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