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domingo, 22 de janeiro de 2017

Comitê do Forum Social Mundial propõe agenda de lutas e reflexões



“Se o mundo mudou, o fórum também tem que mudar. Temos que apresentar a esquerda como uma nova opção”, declarou Pierre Beaudet, sociólogo canadense que apresentou o relatório. De acordo com Mauri Cruz, do Comitê Organizador do Fórum Social das Resistências e integrante do CI, “a reunião tratou de questões administrativas, mas foi feita a proposta de uma assembleia permanente dos movimentos sociais, que buscará mapear e viabilizar a participação deles no processo do fórum”. Neste sábado (21) o CI se reúne novamente para tratar mais especificamente do futuro do FSM.

Além do encontro no Hotel Embaixador, aconteceram durante toda a sexta-feira (20) dezenas de atividades autogestionadas, com temas como saúde pública, jornalismo, preservação do meio ambiente, educação, artesanato e economia solidária.

Provocações 

Na tenda da CTB, no Parque Farroupilha, durante conversa sobre resistência negra, feminina e LGBT, participantes foram surpreendidos com a presença de dois homens que seriam ligados ao MBL. Sob gritos de “golpistas, fascistas, não passarão”, os homens, que se identificaram como Rafinha BK e Márcio Canibal, afastaram-se da tenda enquanto discutiam com os militantes. De acordo com Jussara Cony, que acompanhava o painel, “eles vieram provocar e intimidar duas meninas aqui. São reincidentes”, referindo-se ao episódio em ocupação da UFRGS.

Questionado pela reportagem, BK afirmou não ter nenhuma ligação com o MBL e disse que foi “fazer perguntas sobre feminismo”. Canibal, que vestia camiseta naturalizando o machismo, disse que este é um comportamento presente na natureza há centenas de milhares de anos e que “significa o macho proteger as companheiras e os filhotes e é um exemplo benéfico, mas as feministas ignoram estas evidências históricas”. “O Fórum Social das Resistências não é o lugar deles. Talvez Davos seja”, disse Jussara Cony. “Aqui, nós lutamos por um mundo civilizatório de paz. Eles representam a barbárie”, completou.

Após às 19h, começaram as apresentações culturais na Redenção. Enquanto a Banda Gira se apresentava no Complexo dos Povos de Matriz Africana, fazendo saudações a Oxóssi, em frente ao Araújo Vianna, o bloco de Carnaval feminista “Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só” batucava próximo ao chafariz. O Clube de Cultura, localizado na Rua Ramiro Barcelos, recebeu o projeto Fronteiras Musicais, com a participação de Yone Mello, Demétrio Xavier e Felipe Azevedo. A festa Cumbia na Rua, com mais de mil confirmados no Facebook, fechou a programação cultural no penúltimo dia de Fórum Social das Resistências. 


Fonte: Sul 21

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