Aliás, tomar as ruas virou a palavra de ordem dos movimentos sociais e partidos políticos presentes no ato. Para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o que aconteceu hoje "foi uma afronta à Constituição, ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao povo brasileiro".
A Frente Brasil Popular se declarou em vigília permanente com a
incumbência de levar informação a todos os cantos do país. “Devemos
estar nas portas de fábricas, no campo, nas escolas, em todos os lugares
permanentemente engajados”, falou Adilson Araújo, presidente da CTB.
Novamente a Globo, à frente da trama golpista, se viu em apuros. A
hashtag #ForaRedeGlobo esteve no topo nas redes sociais, segundo o site
Brasil 247 e os seus repórteres tiveram que trabalhar sem identificação
com medo de represálias da população.
Além da CTB, estavam presentes a Nova Central e a CUT e diversos
movimentos sociais como a UNE, Ubes, MST, MTST e diversos outros. “É
bonito ver a esquerda unida’, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), "a ação atrapalhada e ilegal
de Sérgio Moro foi um tiro no pé dos golpistas".
Atos simultâneos estavam ocorrendo em mais de 1.300 municípios em
todos os estados brasileiros. “Assim sem tempo de preparação, é uma
demonstração de força que eles não contavam”, disse Ângela Meyer,
presidenta da União Paulista de Estudantes Secundaristas.
Adilson ressaltou que o momento é de união. "Precisamos unir todas as
forças democráticas deste país para barrar nas ruas esse conluio
golpista, liderado pelos barões da mídia”. Para ele, a trama golpista
serve ao imperialismo que ataca os países latino-americanos “que
desafiam o império”.
Depois de mencionar o preconceito que sofreu e sofre com ataques vis a
ele e à sua família, o ex-presidente disse que foi “eleito em função da
consciência política do povo brasileiro”.
Lula atacou o “complexo de vira-lata” de parte da elite brasileira,
que odeia o país e a classe trabalhadora. No final ele ironizou: "Se
quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no rabo e a
jararaca está viva".
Ao final do ato, ficou decidida a participação da Frente Brasil
Popular nos atos de comemoração do Dia Internacional da Mulher, na
terça-feira (8), e um novo ato em defesa da democracia no dia 18.
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